Pai eu tô com fome!

Filipenses 2:4

4Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros.

Será que ainda vale apenas investir no ser humano?

Será que eu realmente preciso estender as mãos a uma pessoa que talvez eu nunca tenha visto antes?

A resposta é sim! Isso é o que Cristo espera daqueles que realmente creem Nele verdadeiramente.

Há um versículo que diz que quem dá aos pobres, ou seja, a quem precisa de ajuda, está emprestando a Deus e nós sabemos que Deus não fica em dívida com ninguém.

Vou ilustrar com uma história verídica que um dia contei no radio para você entender a real importância de estender a mão para quem precisa;

Ricardinho não aguentou o cheiro bom do pão e falou: – Pai eu tô com fome!

O pai, Agenor, sem ter um tostão no bolso, caminhando desde muito cedo em busca de um trabalho, olha com os olhos marejados para o filho e pede mais um pouco de paciência: – Mas pai eu tô com fome!

Envergonhado, triste e humilhado em seu coração de pai, Agenor pede para o filho aguardar na calçada enquanto entra na padaria a sua frente. Ao entrar dirige-se a um homem no balcão: – Meu senhor, estou com meu filho de apenas 6 anos na porta, com muita fome, não tenho nenhum tostão, pois sai cedo para buscar um emprego e nada encontrei. Estamos indo à casa de um parente pedir ajuda, mas meu filho não consegue mais andar; Eu lhe peço, por favor, que me dê um pão para que eu possa matar a fome desse menino, em troca posso varrer o chão de seu estabelecimento, lavar os pratos e copos, ou outro serviço que o senhor precisar!

Amaro , o dono da padaria estranha aquele homem de semblante calmo e sofrido, pedir comida em troca de trabalho e pede para que ele chame o filho. Agenor pega o filho pela mão e apresenta-o a Amaro, que imediatamente pede que os dois sentem-se junto ao balcão, onde manda servir dois pratos de comida do famoso PF (prato feito): Arroz, feijão, bife e ovo.

Para Ricardinho era um sonho, comer após tantas horas na rua. Para Agenor , uma dor a mais, já que comer aquela comida maravilhosa fazia-o lembrar-se da esposa e mais dois filhos que ficaram em casa apenas com um punhado de fubá. Grossas lágrimas desciam dos seus olhos já na primeira garfada.

A satisfação de ver seu filho devorando aquele prato simples como se fosse um manjar dos deuses, e lembrança de sua pequena família em casa, foi demais para seu coração tão cansado de mais de 2 anos de desemprego, humilhações e necessidades.

Amaro se aproxima de Agenor e percebendo a sua emoção, brinca para relaxar: – Ô Maria!!! Sua comida deve estar muito ruim, olha o meu amigo está até chorando de tristeza desse bife, será que é sola de sapato?

Imediatamente, Agenor sorri e diz que nunca comeu comida tão apetitosa, e que agradecia a Deus por ter esse prazer. Amaro pede então que ele sossegue seu coração, que almoçasse em paz e depois conversariam sobre trabalho. Mais confiante, Agenor enxuga as lágrimas e começa a almoçar, já que sua fome já estava nas costas.

Após o almoço, Amaro convida Agenor para uma conversa nos fundos da padaria, onde havia um pequeno escritório. Agenor conta então que há mais de 2 anos havia perdido o emprego e desde então, sem uma especialidade profissional, sem estudos, ele estava vivendo de pequenos ‘biscates aqui e acolá’, mas que há 2 meses não recebia nada. Amaro resolve então contratar Agenor para serviços gerais na padaria, e penalizado, faz para o homem uma cesta básica com alimentos para pelo menos 15 dias. Agenor com lágrimas nos olhos agradece a confiança daquele homem e marca para o dia seguinte seu início no trabalho.

Ao chegar em casa com toda aquela ‘fartura’, Agenor é um novo homem sentia esperanças, sentia que sua vida iria tomar novo impulso. Deus estava lhe abrindo mais do que uma porta, era toda uma esperança de dias melhores.

No dia seguinte, às 5 da manhã, Agenor estava na porta da padaria ansioso para iniciar seu novo trabalho. Amaro chega logo em seguida e sorri para aquele homem que nem ele sabia porque estava ajudando. Tinham a mesma idade, 32 anos, e histórias diferentes, mas algo dentro dele chamava-o para ajudar aquela pessoa.

E, ele não se enganou, durante um ano Agenor foi o mais dedicado trabalhador daquele estabelecimento, sempre honesto e extremamente zeloso com seus deveres.

Um dia, Amaro chama Agenor para uma conversa e fala da escola que abriu vagas para a alfabetização de adultos um quarteirão acima da padaria, e que ele fazia questão que Agenor fosse estudar. Agenor nunca esqueceu seu primeiro dia de aula: a mão trêmula nas primeiras letras e a emoção da primeira carta.

Doze anos se passam desde aquele primeiro dia de aula. Vamos encontrar o Dr. Agenor Baptista de Medeiros, advogado, abrindo seu escritório para seu cliente, e depois outro, e depois mais outro.

Ao meio dia ele desce para um café na padaria do amigo Amaro, que fica impressionado em ver o ‘antigo funcionário’ tão elegante em seu primeiro terno.

Mais dez anos se passam, e agora o Dr. Agenor Baptista, já com uma clientela que mistura os mais necessitados que não podem pagar, e os mais abastados que o pagam muito bem, resolve criar uma Instituição que oferece aos desvalidos da sorte, que andam pelas ruas, pessoas desempregadas e carentes de todos os tipos, um prato de comida diariamente na hora do almoço.

Mais de 200 refeições são servidas diariamente naquele lugar que é administrado pelo seu filho, o agora nutricionista Ricardo Baptista.

Tudo mudou, tudo passou, mas a amizade daqueles dois homens, Amaro e Agenor impressionava a todos que conheciam um pouco da história de cada um. Contam que aos 82 anos os dois faleceram em dias muito próximos.

Ricardinho, o filho mandou gravar na frente da ‘Casa do Caminho’, que seu pai fundou com tanto carinho: – Um dia eu tive fome, e você me alimentou.

Um dia eu estava sem esperanças e você me deu um caminho.. Um dia acordei sozinho, e você me deu Deus, e isso não tem preço.

 Que Deus habite em seu coração e alimente sua alma. E, que te sobre o pão da misericórdia para estender a quem precisar!!!’

Deus e seus mistérios

15Verdadeiramente, tu és Deus misterioso, ó Deus de Israel, ó Salvador. (Isaías 45: 15)

O homem pode investir toda sua vida em tentar entender a forma que Deus trabalha e nunca em toda sua existência terrena conseguirá entender. Não entenderá porque Deus trabalha do jeito dele e no tempo dele. As vezes ele pode usar um desastre para unir pessoas que o tempo ou alguma adversidade se encarregou de separar.

Foi exatamente uma situação parecida que aconteceu na vida de um casal de pastores que Deus usou para unir um velho casal novamente, eu vou te contar esse testemunho;

Um novo pastor, recentemente formado, e sua esposa, que foram encarregados de reabrir uma igreja no bairro de Brooklyn, NY. Chegaram ao início de outubro, entusiasmados com a oportunidade.

Quando viram a igreja, observaram que havia muitos estragos e um grande trabalho a ser feito. Sem se deixar abater, estabeleceram como meta deixar tudo pronto para o primeiro serviço: o culto de Natal.

Trabalharam sem descanso, consertando o telhado, refazendo o piso, pintando… e, muito antes do Natal, em 18 de dezembro, tudo estava pronto!

Mas, no dia seguinte, 19 de dezembro, desabou uma terrível tempestade que durou por dois dias.

No dia 21, o pastor foi até a igreja. Seu coração doeu… viu que o telhado tinha quebrado e que uma grande área do revestimento de gesso decorado, da parede que ficava logo atrás do púlpito, havia caído.

O pastor, enquanto limpava o chão, pensava em como resolver a situação.

No caminho de casa, pensando em adiar o culto de Natal, observava as vitrines, enfeitadas para a época, quando notou um bazar beneficente e parou por instantes.

Uma linda toalha de mesa, de crochet, na cor marfim, com um crucifixo delicadamente bordado no centro chamou-lhe a atenção.

Era do tamanho exato para cobrir o estrago atrás do púlpito. Comprou-a e voltou para a igreja.

Começou a nevar. Apressou seus passos e quando chegava à porta da igreja, uma velha senhora vinha correndo em direção contrária tentando pegar o ônibus, o que não conseguiu.

O pastor convidou-a a entrar para esperar pelo próximo, abrigando-se do frio que viria 45 minutos depois.

Ela sentou-se num banco e nem prestava atenção no pastor que já providenciava a instalação da toalha de mesa na parede. Ao terminar, afastou-se e pôde admirar o quanto a toalha era linda e servia perfeitamente para esconder o estrago.

Então, o pastor notou a velha encaminhando-se para ele. Seu rosto estava lívido e perguntou:

— Pastor, onde o senhor encontrou essa toalha de mesa?

O pastor contou a história. A mulher pediu-lhe que examinasse o canto direito inferior para encontrar as iniciais EBG bordadas.

O pastor fez o que a mulher pediu e, intrigado, confirmou.

A mulher disse:

— Essas são as minhas iniciais.

Ela havia feito essa toalha de mesa há 35 anos, na Áustria. Contou que, antes da guerra, ela e seu marido estavam “bem-de-vida”. Quando os nazistas invadiram seu país, combinaram fugir: ela iria antes e seu marido a seguiria uma semana depois. Ela foi capturada, trancada numa prisão e nunca mais viu seu marido e sua casa.

O pastor ofereceu a toalha, mas, ela recusou, dizendo que estava num lugar muito apropriado. Insistindo, ofereceu-se para levá-la até sua casa; era o mínimo que poderia fazer. Ela morava em Staten Island e tinha passado o dia no Brooklin para um serviço de faxina.

No dia de Natal a igreja estava quase cheia. Foi um lindo trabalho.

Ao final, o pastor e sua esposa cumprimentaram os fiéis um a um à porta e muitos diziam que retornariam.

Um velho homem, que o pastor reconheceu pela vizinhança, permaneceu sentado, atônito.

O pastor aproximou-se e, antes que dissesse uma palavra, o velho perguntou:

— Onde o senhor conseguiu a toalha de mesa da parede? Ela é idêntica à uma que minha mulher fez, muitos anos atrás, quando vivíamos na Áustria, antes da guerra. Como poderiam existir duas toalhas tão parecidas?

Imediatamente, o pastor entendeu o que tinha acontecido e disse:

— Venha… Eu vou levá-lo a um lugar que o senhor vai gostar muito.

No caminho o velho contou a mesma história da mulher. Ele, antes de poder fugir, também havia sido preso e nunca mais pôde ver sua mulher e sua casa, por 35 anos. Ao chegar à mesma casa onde deixara a mulher, três dias antes, ajudou o velho a subir os três lances de escadas e bateu na porta.

Creio que não há necessidade de se contar o resto da história. Quem disse que Deus não trabalha de maneira misteriosa?

Talvez o momento ruim que você esteja vivendo hoje seja exatamente o caminho que o Todo-Poderoso esteja usando para mudar sua historia ou quem sabe a historia de outra pessoa.

Deus é Deus de mistério e os caminhos que ele toma são diferentes dos nossos.

A grande corrida da vida

23 O Senhor firma os passos do homem bom e no seu caminho se compraz;

24 se cair, não ficará prostrado, porque o Senhor o segura pela mão. Salmos 37: 23-24;

Nunca perdemos em nada se nos mantermos fieis ao Senhor e debaixo de sua cobertura de Pai.

Muitas pessoas, por decepções, por magoas, ou até por terem se encantado pelo banquete pecaminoso que o mundo oferece, banquete esse que é atrativo para os olhos, tem se distanciado da destra sustentadora de Deus e terrível coisa é ficar distante de Deus e não poder contar com sua ajuda.

Quando estamos com Deus ele é como um pai que torce pelo seu filho e o incentiva a vencer sempre, vou ilustrar um pouco melhor;

Certa vez, um corredor foi participar da maior competição de sua vida. Ele havia passado anos treinando, privando-se do lazer e dedicando todo o seu tempo ao treinamento para ganhar aquela grande corrida; desejava somente a vitória.

Naquele grande dia, ele encontrou outros competidores também preparados e dipostos a vencer. Ele se posicionou em sua raia; seu coração estava a mil por hora. Em meio a arquibancada lotada, ele observou o seu pai, que se espremia entre os torcedores para vê-lo vencer. Ele lhe fez um sinal, dizendo: “Filho, você vai vencer!” Essas palavras encorajaram ainda mais o jovem que estava ali, entre grandes corredores.

Todos se posicionaram, aguardando o ordem da largada. Assim que o tiro quebrou o silêncio do estádio, todos os competidores se lançaram em disparada em busca do primeiro lugar. A arquibancada começou a vibrar diante da vontade daqueles atletas na pista. Eis que o pai do jovem corredor começou a gritar: “Filho, acelera! Você vai conseguir!”.

O seu filho passou o competidor que estava em terceiro lugar e, em seguida, o que estava em segundo. O estádio vibrou diante da garra com que aquele rapaz estava correndo. O seu pai gritou: “Vai lá, meu filho! Só falta mais um!”.

O jovem corredor se aproximou do primeiro colocado e conseguiu passá-lo. Os repórteres ficaram admirados com a velocidade do rapaz. Seu pai então gritou: “Filho, vai fundo! Só falta uma volta!”.

O rapaz se manteve na vantagem e o estádio inteiro o apoiava. Todos percebiam que ele iria ganhar a corrida sem nenhuma dificuldade.

Faltando alguns metros para a linha de chegada. Seu pai começou a pular no meio da multidão, vibrando, pois via que o seu filho iria vencer. Mas, de repente, o rapaz gritou e caiu no chão se torcendo de dor com a mão no tornozelo. Faltava apenas alguns metros para a linha de chegada.

O estádio ficou em silêncio. Os outros competidores passaram por ele, deixando-o para trás. Seu pai pulou o alambrado e foi até a pista. Levantou seu filho e apoiou-o em seu ombro. Os dois então começaram a caminhar em direção a linha de chegada. O estádio ficou de pé e começou a aplaudi-los. Em meio a toda aquela emoção, o pai disse ao seu filho: “Falta só mais um pedacinho para você chegar.” E ele chegou à linha de chegada.

O estádio vibrou. Pessoas choraram emocionadas, os repórteres cercaram o local para entrevistá-lo. A atenção não se voltou para o atleta que chegou em primeiro lugar, mas para a garra e determinação daquele pai e daquele filho. Na entrevista, o rapaz disse: “Posso até não ter chegado em primeiro lugar mais fui até o fim com ajuda do meu pai”.

Deus é este pai que nos sustenta na grande corrida da vida, nos levanta quando caímos e nos ampara em seus ombros para que possamos chegar até o maior pódio de nossas vidas, a morada celestial.

Esteja sempre debaixo da cobertura de Deus, não se afaste dele, pois, uma coisa é estar debaixo da proteção de Deus, coisa terrível é estar debaixo da mão corretiva do Todo-Poderoso.