Pastor Júlio Falcão –  Miserável homem que sou

Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; que o teu bondoso Espírito me conduza por terreno plano. Salmos 143:10

Este salmo mostra Davi, um homem escolhido por Deus, apavorado, em pânico, por causa dos seus muitos problemas e um desses inimigos está descrito no versículo 3;

O inimigo persegue-me e esmaga-me ao chão; ele me faz morar nas trevas, como os que há muito morreram. Salmos 143:3

 A segunda parte deste versículo me leva a conclusão de que ele estava falando aqui de algo espiritual; ele me faz morar nas trevas, como os que há muito morreram.

Davi como qualquer outro homem tinha suas falhas e fraquezas, e exatamente por isso que ele pediu a Deus para que lhe ensinasse a fazer a vontade Dele.

A nossa vontade humana é falha, mas, a vontade de Deus é perfeita.

O apostolo Paulo, outro homem temente a Deus e propagador do evangelho de Cristo também lutou contra seu lado pecaminoso que todo ser humano carrega quando assim ele disse em Romanos 7: 23-24;

Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.
Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?

Romanos 7:23,24

O que eu aprendo com este salmo de Davi e com a vida do apostolo Paulo é que não devemos nos sentir bem com o pecado, e sim, nos sentir em pânico, pois, quando nos conformando com a vida de erros, fatidicamente seremos conduzidos para pior de todas as mortes, a morte eterna.

Devemos com todo nosso coração nos humilhar diante de Deus, suplicando-lhe seus ensinamentos e sobretudo, que o Espírito Santo nos conduza a terrenos planos, ou seja, uma vida com mais retidão.

Davi viveu na época da lei, Paulo viveu na época da graça e todos os dois reconheceram suas falhas e que somente Deus é que com sua graça poderia livrá-los da terrível morte eterna.

Reconheçamos nossas falhas e supliquemos a Deus seu perdão e ao Espírito Santo forças e sabedoria para continuar limpos.

Pastor Júlio Falcão – Eu e a mentira

Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo, pois todos somos membros de um mesmo corpo. 
Efésios 4:25

Existem pessoas que mentem tanto, que acabam acreditando na própria mentira.

A esposa que pedi um dinheiro para o marido dizendo que é para os gastos domésticos, mas, que na realidade quer mesmo é comprar um sapato novo, uma roupa… enfim, mesmo que o esposo seja avarento ainda assim, isso é uma mentira.

Por outro lado tem o esposo que diz que vai chegar tarde em casa por causa do trabalho, mas, que na verdade está com os amigos pelos bares da vida, isso também é uma grande mentira.

Mas um tipo de mentira que sangra o coração é a dos filhos para com os pais, pois, todo pai deposita toda sua expectativa e esperança em seus filhos.

Deixa eu ilustrar melhor com uma história a dor de uma pai ao descobrir as mentiras de seu filho;

Um adolescente que cresceu no Sul da Espanha, em uma pequena comunidade chamada Estepona, conta que certo dia seu pai lhe disse que ele podia levá-lo de carro até um vilarejo isolado, mais ou menos a trinta quilômetros dali. 

A condição única era de que levasse o carro a uma oficina ali perto. Jason acabara de aprender a dirigir e aceitou na hora a gloriosa oportunidade. 

Levou o pai até a localidade, prometendo que retornaria às 4 horas da tarde. Foi até a oficina, deixou o carro para conserto e como tivesse algumas horas livres, decidiu assistir a dois filmes em um cinema perto da oficina. 

Empolgado pelos filmes, não viu a hora passar e quando acabou a sessão, eram seis horas. 

Ele estava com duas horas de atraso. Imaginou que seu pai ficaria muito zangado e nunca mais o deixaria dirigir. 

Por isso, pegou o carro na oficina e foi até o local onde deveria se encontrar com seu pai que aguardava, pacientemente, na esquina. 

Pediu desculpas pelo atraso e disse a ele que tinha vindo o mais rápido que pudera. O problema é que o carro havia necessitado uns consertos maiores e então se atrasara. 

Nunca mais Jason haveria de esquecer de como seu pai o olhou naquele momento. 

“Fico desapontado por você achar que precisa mentir para mim. Quando você não apareceu na hora combinada, liguei para a oficina para ver se havia acontecido alguma coisa e eles disseram que o carro já estava pronto há muito tempo. Você é que não tinha aparecido.” 

Uma onda de culpa tomou conta de Jason, que resolveu contar toda a verdade. 

O pai ouviu com atenção, enquanto seu rosto se cobria de tristeza. 

“Estou muito triste. Não com você, mas comigo. Sabe, eu me dou conta de que fracassei como pai, já que depois de todos esses anos você ainda acha que precisa mentir para mim. 

Fracassei porque criei um filho que não consegue nem dizer a verdade ao próprio pai. Vou voltar para casa andando, para poder pensar onde errei todos esses anos.” 

“Pai”, disse Jason. “são trinta quilômetros até nossa casa. Está escuro. Você não pode voltar andando.”

Mas os protestos do garoto de nada adiantaram. O pai começou a andar pela estrada empoeirada…, mãos nos bolsos, cabisbaixo. 

Rapidamente, o adolescente pulou para dentro do carro e o seguiu de perto, esperando que ele fosse desistir. 

Durante todo o caminho, ele implorou, dizendo que estava muito arrependido. Mas o pai continuou a caminhar em silêncio, pensando e sofrendo. 

Jason dirigiu atrás dele por trinta quilômetros, numa média de oito quilômetros por hora. 

Ver seu pai sofrendo tanto física, quanto emocionalmente foi a experiência mais perturbadora e dolorosa que Jason já havia enfrentado. 

Foi, também, a melhor das lições. Ele se decidiu a nunca mais mentir. 

Parece uma atitude de ignorância o que este pai fez ao caminhar a pé os 30 km de volta para casa, mas, não foi, o que ele quis foi na verdade ensinar para o filho o tanto que uma mentira pequena pode levar a outras maiores. Com isso esse pai conseguiu mostrar para o filho que a verdade pode até doer por um momento, mas, a mentira vem aliada a dor e a decepção e obviamente traz com ela grandes prejuízos para o caráter da pessoa.

Quem ama a mentira é o pai dela como diz as escrituras em João 8:44;

Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.

ainda que possa doer por algum momento, prefira a verdade porque ela sempre liberta.

Que a paz a graça e a misericórdia de Cristo Jesus estejam com você e com todos de sua família!