“As muitas águas não podem apagar este amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens de sua casa pelo amor, certamente o desprezariam.” (Cânticos 8:7)
Vivemos tempos em que por qualquer motivo os casais se separam. Aqueles que outrora faziam juras de amor, agora, dizem que são incompatíveis e que já não existe mais amor.
Em outros e não muito raros casos, um dos cônjuges contraem uma enfermidade ou uma deficiência e são abandonados exatamente no momento em que o amor precisaria falar mais alto.
Deixa eu te contar uma história que servirá para ilustrar que o amor conjugal não pode ser só pelo o visual;
A história de um casal
idoso é exemplar.
Eles viviam felizes, há muito tempo. Não tinham filhos.
Certo dia, quando a senhora estava na cozinha, um acidente aconteceu e ela se
viu envolta em chamas.
O marido atendeu aos seus gritos e, no intuito de a salvar, acabou por ser
também atingido pelo fogo.
As chamas o envolveram, queimando lhe os braços, mas permitindo-lhe libertá-la
do fogo.
Quando os bombeiros chegaram, pouco restava da casa. A ambulância levou o casal
ao hospital.
Ambos, por seu estado grave, foram internados no Centro de Terapia
Intensiva.
Quando o marido foi liberado, buscou o quarto da sua esposa. Ela estava deitada
e logo que o viu, manifestou o seu desespero.
Não desejava mais viver, dizia. O fogo atingira todo o seu rosto e ela estava
deformada.
Sou um monstro! Disse ao marido.
Ele se aproximou do leito e falou:
Minha amada, na tragédia que sofremos, meus olhos foram atingidos. Estou
cego.
Por isso, não se preocupe. Para mim, você continuará linda, como sempre
foi.
A imagem que tenho guardada em minha mente é a que terei na memória, para o
resto dos meus dias.
Deus é muito bom. – completou ela – Você não precisará contemplar a minha
deformidade.
Abraçaram-se. Choraram.
Mais algum tempo e ei-los de retorno ao novo lar. Uma pequena e acolhedora
casa.
Ela passou a ter para com o marido cuidados especiais, considerando a sua
deficiência visual.
Era toda atenção, delicadeza. Uma nova seiva de vida parecia circular em suas
veias. E todo dia, recebendo aquelas manifestações de amor, ele dizia:
Como eu te amo!
Ela reencontrara razão para continuar a viver e se sentir feliz.
Vinte anos depois, em uma madrugada, ela abandonou o corpo, rumo à
Espiritualidade.
Amigos solícitos auxiliaram nas tratativas para o sepultamento.
O marido compareceu sem os óculos escuros e sem sua bengala, andando
firme.
Debruçou-se sobre o corpo da amada, com quem compartilhara os dias por tantos
anos, beijou-a inda uma vez e tornou a expressar:
Como és linda. Como eu te amo!
Um amigo mais próximo manifestou a sua surpresa. O que acontecera: Algum
milagre lhe devolvera a visão, naquele momento de dor?
Não, respondeu o homem. Nunca tive problema visual. Assim disse, para que
pudéssemos continuar a viver, sem traumas para ela.
Acreditando que eu não podia enxergar as sequelas do fogo em seu rosto, pudemos
viver felizes por mais 20 anos.
A beleza física é passageira como uma flor que
nasce e logo morre, mas, o amor verdadeiro é para toda a eternidade.
O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta! (1 Coríntios 13:7)
Que a paz a graça e a misericórdia de Cristo Jesus estejam com você e com todos de sua família!