Pastor Júlio Falcão – A água e o sangue de Jesus

Mas, vindo a Jesus, e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas.
Contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. João 19:33,34

Nada na bíblia é coincidência, toda a vida de Jesus como homem aqui na terra foi uma verdadeira pregação do evangelho da salvação e na cruz não poderia ser diferente.

Quando ele caminha em silêncio com aquele madeiro pelas ruas de Jerusalém se cumpriu o que falou o profeta Isaías no capitulo 53, versículo 7;

Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.

Tudo fazia parte de um grande projeto de Salvação da humanidade, o Mestre Carpinteiro do amor que por muitas vezes ajudou seu pai José a trabalhar a madeira, agora, a conduzia sobre seus ombros para esculpi-la com seu próprio corpo.

Depois de dizer a Deus que tudo estava consumado, um dos soldados fere-o em um dos lados com uma lança e no mesmo instante começam a sair sangue e água.

Outra vez, mesmo depois de morto Jesus prega com estes dois elementos; sangue e água.

Ele disse em João 4:14;

Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna. João 4:14

A bíblia nos mostra por diversas vezes que a água é para a purificação moral dos nossos pecados, quando descemos as águas do santo bastimos estamos nos lavando toda sujeira causada pelo pecado e com isso somos purificados, tornando-nos novas criaturas em Cristo Jesus.

O sangue fala de expiação dos nossos pecados, na lei de Moisés era comum o derramamento de sangue dos animais como forma de sacrifício para o perdão dos pecados, como está escrito em Hebreus 9:22;

E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão. Hebreus 9:22

Jesus derramou seu próprio sangue para remissão do meu e do seu pecado, ele se fez sacrifício vivo por nós.

O Mestre Jesus nos ofereceu ali o maior de todos os sacrifícios para que fossemos purificados de toda a imundícia do pecado, para que pudéssemos nos tornar alvos como a neve.

Então meu irmão, beba dessa água e jamais terá sede, deixe esse sangue carmesim correr em suas veias e será perdoado de todo pecado.

Cristo nos aguarda nas muitas moradas celestiais e um dia poderemos contempla-lo em seu trono de gloria, mas, até lá permaneçamos no firme proposito de seguir seu exemplo de amor e seu evangelho da salvação.

Que a paz a graça e a misericórdia de Cristo Jesus estejam com você e com todos de sua família!

Pastor Júlio Falcão | E Jesus, vendo-lhes a fé!

3. E vieram ter com ele, conduzindo um paralítico, trazido por quatro.

4. E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o telhado onde estava e, fazendo um buraco, baixaram o leito em que jazia o paralítico.

5. E Jesus, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus pecados. (Marcos 2: 3-5) (João Ferreira de Almeida – Corrigida 1948)

Eu tenho certeza que você já leu ou ouviu esse texto por mais de uma vez, mas, hoje eu relê-lo novamente meus olhos fixaram na parte em que diz; E Jesus, vendo-lhes a fé, note que a frase está no plural, o Nazareno vê a fé não só do paralitico, ele enxergou também a fé e a disposição daqueles que levaram-no até a casa onde Jesus estava.

Cristo estava na casa da sogra de Pedro e uma multidão também estava ali para ouvir os seus ensinamentos, ele não tinha outro objetivo a não ser levar ao conhecimento do ser humano que existe um reino nos céus e que ele é o caminho que conduz até lá.

Alguém descobre onde Jesus se hospedava e certamente com o coração cheio de fé decide que aquele era o último dia sem movimento nas pernas daquele paralitico.

É lindo ver essa certeza no texto, pois, eles tinham tanto objetivo e a certeza do milagre que nem mesmo a multidão que obstruía a entrada daquela casa pode impedi-los.

Eu consigo viajar no texto e ver aquelas quatro pessoas carregando o leito do amigo ou parente paralítico pelas ruas de Cafarnaum cheios de esperança e convictos do poder de cura de Jesus, posso ver também eles se deparando com a multidão, mas, o que o texto não me deixa enxergar é nenhum dos quatros desistindo por causa disso, aliás, eles viram aquele obstáculo como algo totalmente transponível.

Esses quatro amigos ou parentes nos ensinam muito com a perseverança que encararam aquela situação, eles não permitiram que o primeiro obstáculo os afastassem do objetivo.

Muitas pessoas desistem por muito menos, talvez é um diagnóstico que não deu um resultado tão bom como esperava, quem sabe uma palavra contraria que foi lançada… enfim, são pequenos obstáculos que acabam diminuído da fé de muitos.

Essas quatros pessoas e obviamente o paralitico enxergaram apenas mais um degrau naquilo que os impediam de se aproximar do Médico dos médicos. Eles tomaram a decisão de não retrocederem sem antes tentar algo que ninguém ali havia tentado e num gesto de ousadia e fé começam a escalar rumo ao telhado e se posicionam exatamente onde Jesus estava pregando, arrancam o telhado e começam a descer o paralitico em seu leito.

Essa parte é extremamente linda, posso imaginar Jesus falando e olhando para aquele leito descendo e os amigos segurando cuidadosamente as cordas, posso até ir um pouco mais além e imaginar a alegria em seus corações de ver o amigo chegando aos pós de Jesus.

Jesus viu muitas pessoas desistirem, mas, agora ele estava diante de pessoas que tinha uma fé genuína, irrestrita e obediente.

Primeira atitude de Jesus foi cuidar da salvação daquele moço perdoando-lhe os pecados e depois ele disse; Toma o teu leito e anda, em outras palavras; sua vida agora vai começar a ter movimentos por causa não só da sua fé, mas, também a fé dos seus companheiros.

Eu aprendo muito com esse texto sempre que o leio; aprendo que não podemos deixar nossas limitações nos distanciar de Jesus, aprendo que ter bons companheiros vale mais que qualquer fortuna e que sobretudo não podemos nunca perder a esperança e a fé.

A fé desta cinco pessoas foi o diferencial não só para o paralitico, mas, para todos que ali estavam.

Tenha fé, persista e creia que Cristo vive e pode mudar sua história de vida.

Que a paz a graça e a misericórdia de Cristo Jesus estejam com você e com todos de sua família!

Pastor Júlio Falcão | Ensine com mansidão e amor

E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor;
Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade,
E tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos. 2 Timóteo 2:24-26

Paulo escreve pela segunda vez a Timóteo e nesta carta ele dá uma verdadeira aula de como devemos portar quando formos advertir alguém que por um deslize ou outro acabou errando.

Ele falava para alguém que trabalhava na obra de Deus, mas, que creio que esse ensinamento cai muito bem em todos as áreas de nossas vidas.

Paulo até diz que o ensinar pode até causar sofrimento e ele de fato tem toda razão, ao corrigir um filho que errou retirando dele algum brinquedo ou o momento de brincadeira como forma punitiva acaba doendo o coração do pai ou da mãe, mas, isso se faz necessário para que a criança aprenda.

Imagina como fica o coração de um professor ao ter que dar uma nota vermelha para um aluno que não quis estudar ou que por motivo de trabalho não teve o devido tempo para memorizar o texto da prova?

Paulo nos introduz nesse texto e ele pede que sejamos sempre aptos a ensinar com mansidão para que a pessoa reconheça seu erro e sai do caminho que pode conduzi-la ao fracasso;

Essa semana eu recebi a história de um professor, aliás, a lição de vida de um professor e gostaria de usa-la para ilustrar melhor esse texto;

Um jovem encontra um senhor de idade e lhe pergunta:

— Se lembra de mim?

Aquele Senhor diz; ‘não’.

Então o jovem diz que ele era aluno dele. E o professor pergunta:

— O que você está fazendo, o que você faz para viver?

O jovem responde:

— Bem, eu me tornei professor.

— Ah, que bom, como eu? (Disse o velho mestre)

— Pois sim. Na verdade, eu me tornei professor porque você me inspirou a ser como senhor.

O senhor, curioso, pergunta ao jovem que momento foi que o inspirou a ser professor. E o jovem conta a seguinte história:

— Um dia, um amigo meu, também estudante, chegou com um relógio novo e bonito, e eu decidi que queria para mim e eu o roubei, tirei do bolso dele. Logo depois, meu amigo notou o roubo e imediatamente reclamou ao nosso professor, que era o senhor. Então, senhor parou a aula e disse:

— O relógio do seu colega foi roubado durante a aula hoje. Quem o roubou, devolva-o.

Eu não devolvi porque não queria fazê-lo. Então o senhor fechou a porta e disse para todos nós levantarmos e iria vasculhar nossos bolsos até encontrar   o relógio. Mas, nos disse para fecharmos os olhos, porque só procuraria se todos estivéssemos com os olhos fechados. Então fechamos nossos olhos, e o senhor foi de bolso em bolso, e quando chegou ao meu, encontrou o relógio e o pegou. O senhor, professor, continuou procurando nos bolsos de todos e, quando terminou, disse:

— Abra os olhos. Já temos o relógio.

O senhor não me disse nada e nunca mencionou o episódio. Nunca disse quem foi quem roubou o relógio. Naquele dia, o senhor salvou minha dignidade para sempre. Foi o dia mais vergonhoso da minha vida. Mas também foi o dia em que minha dignidade foi salva de não me tornar ladrão, má pessoa, etc. Você nunca me disse nada e, mesmo que não tenha me repreendido ou chamado minha atenção para me dar uma lição de moral, recebi a mensagem claramente. E, graças ao senhor, entendi que é isso que um verdadeiro educador deve fazer. O senhor se lembra desse episódio, professor?

E o professor responde:

— Lembro-me da situação, do relógio roubado, que procurava em todos, mas não lembro de você, porque também fechei os olhos enquanto procurava.

Esta é a essência do ensino: se para corrigir você precisa humilhar, você não sabe ensinar. (Autor desconhecido)

As vezes um bom exemplo, uma boa atitude valem mais que mil sermões.

Sejamos todos admoestados por esta carta de Paulo e aprendamos com esse professor que com seu gesto de amor mudou não só uma situação, mas, o futuro de um aluno que poderia fatidicamente ter ido para o mundo do crime, porém foi desperto pela lição de mansidão e amor do sábio educador.

Nossa homenagem a todos os professores e professoras de nosso Brasil.

Que a paz a graça e a misericórdia de Cristo Jesus estejam com você e com todos de sua família!