Pastor Júlio Falcão | Sejamos pacificadores

Faltando lenha, apaga-se o fogo;
e, não havendo difamador, cessa a contenda.
Provérbios 26.20
  

Tem gente que é especialista em colocar lenha na fogueira quando o assunto é discórdia.

Por exemplo, um casal não vai bem e a esposa compartilha com a vizinha que se acha uma psicóloga nata, pronto, aquilo que se podia resolver entre quatro paredes toma-se agora uma proporção gigantesca. Essa vizinha para acender ainda mais o fogo da contenda começa a dizer que os atrasos do esposo dela não é por causa do serviço e sim, que deve ter saído com amigos ou até ter outra mulher.

Se a esposa conta que ele disse palavras que causaram feridas em seu coração, essa vizinha diz que ele fez isso porque não a ama mais.

Ao invés de pacificar ela colocou mais lenha na fogueira, ao invés de apontar as inúmeras outras qualidades daquele homem e as milhares de vezes que ele acertou, ela aponta apenas as falhas, os defeitos. É uma verdadeira alimentadora do fogo ardente da contenda.

Algo semelhante aconteceu numa igreja de um pastor, mas, graças a Deus ele guiado pelo Espírito Santo, ele reverteu a situação;

Em uma certa igreja, duas mulheres nutriam ódio uma pela outra. Viviam trocando farpas, discutindo o tempo todo e falando mal uma da outra.

O mal estar generalizou-se, prejudicando toda a comunidade, mas, ambas se negavam à reconciliação, ao perdão mútuo.

O pastor, após pedir sabedoria a Deus, resolveu fazer uma visita à casa de cada uma delas.

Acompanhado de sua esposa, visitou a primeira senhora e, logo, entrou no assunto. Mas, a mulher se fechou e disse-lhes que não gostaria de falar sobre isso, pois, a mera menção do nome da outra causava-lhe sofrimento. Sem muito mais a dizer, o pastor pediu a ela uma coisa simples, que ela mencionasse apenas uma única qualidade daquela mulher.

Muito à contragosto, ela disse:
– Olha, pastor, eu não gosto dela, mas devo admitir que ela é a melhor confeiteira desta cidade.

O pastor e sua esposa se despediram e se dirigiram para a casa da outra. Chegando lá, repetiram a estratégia e a segunda mulher, também à contragosto, disse:
– Olha, pastor, eu não gosto dela, mas devo admitir que ela é a melhor costureira desta cidade.

– Engraçado, irmã, disse-lhe o pastor, vocês não se gostam, mas se admiram.

– Como assim? perguntou a mulher, espantada.

– Estivemos há pouco na casa dela e ela nos disse com muita convicção que a considera a melhor confeiteira desta cidade. Que adora seus doces e bolos. E você, agora nos diz que a considera a melhor costureira.

O pastor e sua esposa se despediram, voltaram à primeira casa e contaram para ela que tinha ido à casa da outra e lhe contaram as coisas boas que ela tinha falado acerca das suas costuras maravilhosas.

No outro dia, acabou-se a encrenca, com a pacificação daquele casal de pastores o fogo discoria foi apagado. As duas se encontraram, fizeram as pazes e se tornaram grandes amigas.

 “O verdadeiro pacificador esquece as coisas ruins e divulga bastante as coisas boas que ouve”.

As vezes é melhor ter paz, ser gentil, do que ter razão e perder o ambiente de harmonia.

E você, tem sido um pacificador ou colocado mais lenha na fogueira da discórdia?

Que a paz a graça e a misericórdia de Cristo Jesus estejam com você e com todos de sua família!