Pasto Júlio Falcão – Julgamento precipitado

I Coríntios 4.5 – “Assim, nada julgueis antes da hora devida; aguardai até que venha o Senhor, o qual não somente trará à luz o que está em oculto nas trevas, mas igualmente manifestará as intenções dos corações. Então, nesse momento, cada pessoa receberá de Deus a sua recompensa”.

O ser humano tem uma forte tendência em querer ser juiz de toda e qualquer situação, isso é um fato inegável, basta alguma situação sair do habitual e lá teremos alguém pronto para julgar.

Os discípulos de Jesus ao ver um homem cego de nascença perguntaram para o Mestre que havia pecado, os pais ou próprio filho para nascer naquela condição física.

Se cometer algum erro na profissão sempre vão ter aqueles que esquecerão seus acertos e focaram somente no ponto que você falhou.

Pessoas que julgam uma vida por um momento ou uma situação, são verdadeiros juízes que se esquecem de que também podem cometer erros e que nem todas as falhas ou situações ruins que estamos passando são permanentes.

Vou ilustrar com uma história;

Havia numa aldeia um velho muito pobre que possuía um lindo cavalo branco. Numa manhã, ele descobriu que o cavalo não estava na cocheira. Os amigos disseram ao velho:

— Mas que desgraça, seu cavalo foi roubado!

E o velho respondeu:

— Calma, não cheguem a tanto. Simplesmente digam que o cavalo não está mais na cocheira. O resto é julgamento de vocês.

As pessoas riram do velho. Quinze dias depois, de repente, o cavalo voltou. Ele havia fugido para a floresta. E não apenas isso; ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo. Novamente, as pessoas se reuniram e disseram:

— Velho, você tinha razão. Não era mesmo uma desgraça, e sim uma bênção.

E o velho disse:

— Vocês estão se precipitando de novo. Quem pode dizer se é uma bênção ou não? Apenas digam que o cavalo está de volta…

O velho tinha um único filho, que começou a treinar os cavalos selvagens. Apenas uma semana mais tarde, ele caiu de um dos cavalos e fraturou as pernas. As pessoas se reuniram e, mais uma vez, se puseram a julgar:

— E não é que você tinha razão, velho? Foi uma desgraça seu único filho perder o uso das pernas.

E o velho disse:

— Mas vocês são mesmo obcecados por julgamentos, hein? Não se adiantem tanto. Digam apenas que meu filho fraturou as pernas. Ninguém sabe ainda se isso é uma desgraça ou uma bênção…

Aconteceu que, depois de algumas semanas, o país entrou em guerra e todos os jovens da aldeia foram obrigados a se alistar, menos o filho do velho.

Quem é obcecado por julgar cai sempre na armadilha de basear seu julgamento em pequenos fragmentos de informações, o que o levará a conclusões precipitadas. Nunca encerre uma questão de forma definitiva, pois quando um caminho termina outro começa, quando uma porta se fecha outra se abre. Assim é o curso da vida, e lembre-se, nada fica oculto aos olhos de Deus, se houver de fato algo errado, Deus revelará.

Bookmark the permalink.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *