FALSIDADE

“Não faça declarações falsas e não seja cúmplice do ímpio, sendo-lhe testemunha mal-intencionada.

Êxodo 23:1

Uma das atitudes mais tristes no ser humano é a de agir falsamente, pessoas que quando estão com você se dizem seus melhores amigos, mas, quando você vira as costas te difamam e tramam contra ti, e isso é profundamente lamentável.

Vou te contar a atitude de sabia de uma mãe que deu uma verdadeira lição em sua filha e automaticamente nas amigas dela que com ela difamavam uma outra colega que não estava ali presente, assim diz a história;

Certa vez, uma mãe muito preocupada com a educação de sua filha a surpreendeu, junto a um grupo de amigas, comentando acerca de uma outra amiga ausente.

O comentário naturalmente era desagradável. A mãe, então, convidou todas as meninas a seguirem com ela para a cozinha. Ali tomou de três peneiras, uma vasilha e uma porção de farinha.

Despejou a farinha na primeira peneira, de furos grandes e facilmente a farinha passou para a segunda peneira que tinha furos um pouco menores.

Agitou um pouco e a farinha caiu na terceira peneira, de malhas mais finas. Chacoalhou outra vez e a farinha finalmente caiu dentro da tigela.

A mãe tomou, então, de uma tampa e com cuidado, cobriu o recipiente para que a farinha não se espalhasse, caso um vento forte se apresentasse.

As meninas acharam aquilo tudo muito estranho e ficaram olhando, sem entender nada.

A senhora sorriu e falou, dirigindo-se especialmente para a filha:

Vamos imaginar que a farinha represente o comentário que você ouviu de alguém a respeito da sua amiga. Antes de passá-lo adiante, vamos passá-lo pelas três peneiras. Você tem certeza de que o que lhe contaram é a pura verdade?

Bem, disse a garota, certeza mesmo eu não tenho, só ouvi alguns comentários.

Se você não tem certeza, falou a mãe, a informação vazou pelos furos grandes da peneira da verdade. Agora vamos passá-la pela segunda peneira, a da caridade.

Pense, minha filha, você gostaria que dissessem de você isto que você falava a respeito da sua amiga?

Claro que não, respondeu prontamente a garota.

Então a sua história acaba de passar pelos furos da segunda peneira. Agora caiu na terceira, que se chama razão. Você acha que é necessário, que é útil passar adiante esta história?

A menina pensou um pouco, coçou a cabeça e respondeu:

Pensando bem, acho que não há nenhuma necessidade.

Pois muito bem, completou a mãe, assim como a farinha passou pelas três peneiras e ficou guardada na vasilha tampada, protegida do vento, o comentário que você ouviu, depois de passar pela peneira da verdade, da caridade e da razão, deve ficar guardado dentro de você.

Assim, você impedirá que o vento da maledicência espalhe a calúnia e traga maiores sofrimentos para sua amiga.

Essa é uma lição que devemos aplicar em nossas vidas sempre, pois, uma palavra lançada é como uma flecha em direção do seu alvo. Então, lembre-se sempre do conselho dessa sábia mãe e não passe adiante aquilo que trará maiores prejuízos para seu próximo.

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