PASTOR JÚLIO FALCÃO – O AMOR TUDO SUPORTA!

 “As muitas águas não podem apagar este amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens de sua casa pelo amor, certamente o desprezariam.” (Cânticos 8:7)

Vivemos tempos em que por qualquer motivo os casais se separam. Aqueles que outrora faziam juras de amor, agora, dizem que são incompatíveis e que já não existe mais amor.

Em outros e não muito raros casos, um dos cônjuges contraem uma enfermidade ou uma deficiência e são abandonados exatamente no momento em que o amor precisaria falar mais alto.

Deixa eu te contar uma história que servirá para ilustrar que o amor conjugal não pode ser só pelo o visual;

A história de um casal idoso é exemplar. 

Eles viviam felizes, há muito tempo. Não tinham filhos. 

Certo dia, quando a senhora estava na cozinha, um acidente aconteceu e ela se viu envolta em chamas. 
O marido atendeu aos seus gritos e, no intuito de a salvar, acabou por ser também atingido pelo fogo. 

As chamas o envolveram, queimando lhe os braços, mas permitindo-lhe libertá-la do fogo. 

Quando os bombeiros chegaram, pouco restava da casa. A ambulância levou o casal ao hospital. 
Ambos, por seu estado grave, foram internados no Centro de Terapia Intensiva. 

Quando o marido foi liberado, buscou o quarto da sua esposa. Ela estava deitada e logo que o viu, manifestou o seu desespero. 
Não desejava mais viver, dizia. O fogo atingira todo o seu rosto e ela estava deformada. 

Sou um monstro! Disse ao marido. 

Ele se aproximou do leito e falou: 

Minha amada, na tragédia que sofremos, meus olhos foram atingidos. Estou cego. 

Por isso, não se preocupe. Para mim, você continuará linda, como sempre foi. 

A imagem que tenho guardada em minha mente é a que terei na memória, para o resto dos meus dias. 
Deus é muito bom. – completou ela – Você não precisará contemplar a minha deformidade. 

Abraçaram-se. Choraram. 

Mais algum tempo e ei-los de retorno ao novo lar. Uma pequena e acolhedora casa. 
Ela passou a ter para com o marido cuidados especiais, considerando a sua deficiência visual. 

Era toda atenção, delicadeza. Uma nova seiva de vida parecia circular em suas veias. E todo dia, recebendo aquelas manifestações de amor, ele dizia: 

Como eu te amo! 

Ela reencontrara razão para continuar a viver e se sentir feliz. 
Vinte anos depois, em uma madrugada, ela abandonou o corpo, rumo à Espiritualidade. 
Amigos solícitos auxiliaram nas tratativas para o sepultamento. 

O marido compareceu sem os óculos escuros e sem sua bengala, andando firme. 
Debruçou-se sobre o corpo da amada, com quem compartilhara os dias por tantos anos, beijou-a inda uma vez e tornou a expressar: 

Como és linda. Como eu te amo! 

Um amigo mais próximo manifestou a sua surpresa. O que acontecera: Algum milagre lhe devolvera a visão, naquele momento de dor? 

Não, respondeu o homem. Nunca tive problema visual. Assim disse, para que pudéssemos continuar a viver, sem traumas para ela. 
Acreditando que eu não podia enxergar as sequelas do fogo em seu rosto, pudemos viver felizes por mais 20 anos. 


A beleza física é passageira como uma flor que nasce e logo morre, mas, o amor verdadeiro é para toda a eternidade.


O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta! (1 Coríntios 13:7)

Que a paz a graça e a misericórdia de Cristo Jesus estejam com você e com todos de sua família!

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