O coração ansioso deprime o homem, mas uma palavra bondosa o anima.
Provérbios 12:25
Nunca na história da humanidade a sociedade esteve tão conectada, vivemos tempos em que em oceanos não nos separam mais como outra separavam.
Estamos conectados 24 horas por dia, via mensagem em aplicativos, chamadas de voz ou de vídeo, e-mails, enfim, estamos mais próximos!
Ou seria o correto a dizer é que estamos mais distantes e infelizes, sim, as pessoas não sentam mais nas portas de suas casas para conversar, no jantar com amigos quem ganha destaque é o celular.
Estamos nos comunicando tanto virtualmente que as vezes não percebemos que a pessoa ao nosso lado que as vezes nos sorrir, seja um ser humano depressivo e que necessita apenas de atenção, de alguém que o ouça sem criticar ou reclamar.
Deixar eu ilustrar com um história:
Ela era uma senhora solitária, envolta no luto da dor, desde que o marido morrera. Vivia só, na grande casa do meio da quadra. Casa com varanda e cadeira de balanço.
Todas as manhãs, o entregador de jornais, garoto de uns 10 anos, passava pedalando sua bicicleta e, num gesto bem planejado, atirava o jornal nos degraus da varanda.
Nunca errava. Paff! Era o sinal característico do jornal caindo no segundo degrau.
Então, numa manhã de inverno, quando se preparava para lançar o jornal, ele a viu.
Parada nos degraus da varanda, de pé, acenando-lhe para que se aproximasse.
Ele desceu da bicicleta e foi andando em direção a ela. O que será que ela quer? – Pensou o garoto. Será que vai reclamar de alguma coisa?
Venha tomar um café, falou a senhora. Tenho biscoitos gostosos.
Enquanto ele saboreava o lanche que lhe aquecia as entranhas, ela começou a falar.
Falou a respeito do marido, de suas vidas, da sua saudade. Passado um quarto de hora, ele se levantou, agradeceu e saiu. No dia seguinte e no outro, a cena se repetiu.
O menino decidiu falar a seu pai a respeito. Afinal, ele achava muito estranha aquela atitude.
O pai, homem experiente, lhe disse: Filho, ouça apenas. A senhora Almeida deve estar se sentindo solitária, após a morte do marido.
Deixe-a falar. Recordar os dias de felicidade vividos deve lhe fazer bem ao coração. É importante que alguém a ouça.
Nos dias que se seguiram, nas semanas e nos meses, o garoto aprendeu a ouvir, demonstrando interesse em seus olhos verdes e espertos.
Quando a primavera chegou, ela substituiu o café quentinho pelo suco de frutas. O verão trouxe sorvete.
Ao final, o entregador de jornais já iniciava sua tarefa pensando na parada obrigatória em casa da viúva. Habituou-se a escutar e escutar. Percebeu, com o tempo, que a velha senhora foi mudando o tom das conversas.
Como a primavera, ela voltou a florir, nos meses que vieram depois.
Quando o ano findou, o menino foi estudar em outra cidade.
O tempo se encarregaria de lecionar mais esperança no coração da viúva e amadurecer ideias no cérebro jovem.
Muitos fatores contribuíram para que o garoto e a viúva não tornassem a se encontrar. Contudo, uma lição o acompanhou por toda a vida. Ele nunca se esqueceu da importância de ouvir as pessoas, suas dificuldades, seus problemas, suas queixas.
Lição que contribuiu também para o seu sucesso como esposo, pai de família e profissional.
Alguém nesse exato momento precisa simplesmente que você a escute, abrace, de atenção, pois, nem sempre um sorriso nos lábios quer dizer que está tudo bem.
Ou quem sabe é exatamente você que precise de alguém que o ouça e te apoie.
É bom conversar e eu te aconselho a iniciar sua conversa hoje de joelhos dobrados falando com Jesus, ele também quer te ouvir.
Que a paz a graça e a misericórdia de Cristo Jesus estejam com você e com todos de sua família!