Faltando lenha, apaga-se o fogo;
e, não havendo difamador, cessa a contenda.
Provérbios 26.20
Pessoas passam dias, meses e até anos sem se falarem um com as outras por algum ofensa ou quem sabe até mesmo por uma palavra que foi dita e que não cabia bem para aquela situação ou para aquele momento.
Por causa de um palavra inoportuna ou por um dia infeliz que a pessoa estava vivendo e com isso ofendeu um ente querido ou amigo, parece que toda amizade, carinho e bondade que antes foi dedicada não tem nenhum valor, não importa mais, a ofensa parece ser maior que tudo isso.
Quanto mais tempo uma situação é colocada de lado para se resolver, mais distante uma pessoa vai ficando da outra e o ódio vai criando feridas quase incuráveis nos corações, digo quase incuráveis porque não existe situação que o perdão não possa mudar.
E quando nos depararmos com pessoas distantes uma das outras por causa da inimizade, sejamos nós bons pacificadores, aliás, “o verdadeiro pacificador esquece as coisas ruins, mas, divulga bastante as coisas boas que ouve”.
Vou dar o exemplo de duas mulheres que frequentavam a mesma igreja;
Em uma certa igreja, duas mulheres nutriam ódio uma pela outra. Viviam trocando farpas, discutindo o tempo todo e falando mal uma da outra.
O mal estar generalizou-se, prejudicando toda a comunidade, mas, ambas negavam-se à reconciliação, ao perdão mútuo.
O pastor, após pedir sabedoria a Deus, resolveu fazer uma visita à casa de cada uma delas.
Acompanhado de sua esposa, visitou a primeira senhora e, logo, entrou no assunto. Mas, a mulher se fechou e disse-lhes que não gostaria de falar sobre isso, pois, a mera menção do nome da outra causava-lhe sofrimento. Sem muito mais a dizer, o pastor pediu a ela uma coisa simples, que ela mencionasse apenas uma única qualidade daquela mulher.
Muito à contragosto, ela disse:
– Olha, pastor, eu não gosto dela, mas devo devo admitir que ela é a melhor confeiteira desta cidade.
O pastor e sua esposa se despediram e se dirigiram para a casa da outra. Chegando lá, repetiram a estratégia e a segunda mulher, também à contragosto, disse:
– Olha, pastor, eu não gosto dela, mas devo devo admitir que ela é a melhor costureira desta cidade.
– Engraçado, irmã, disse-lhe o pastor, vocês não se gostam, mas se admiram.
– Como assim? perguntou a mulher, espantada.
– Estivemos há pouco na casa dela e ela nos disse com muita convicção que a considera a melhor confeiteira desta cidade. Que adora seus doces e bolos. E você, agora nos diz que a considera a melhor costureira.
O pastor e sua esposa se despediram, voltaram à primeira casa e contaram para ela que tinham ido à casa da outra e lhe contaram as coisas boas que ela tinha falado acerca das suas costuras maravilhosas.
No outro dia, acabou-se a encrenca. As duas se encontraram, fizeram as pazes e hoje são amigas.
Viver em paz é melhor que viver alimentando o ódio e ruminando a vingança.
Que Deus te dê sabedoria!