19 não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor.
20 Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. Romanos 12: 19-20
A magoa acumulada por causa de alguma injustiça que sofremos é algo que ao passar do tempo vai se tornando algo tão maléfico que quando menos percebemos vamos notar que esse acúmulo de sentimos de rancor e ira está nos adoecendo em todas as outras áreas, nos aprisionando numa sela sombria de sentimos ruins.
É preciso por mais difícil que seja, libertar-se de toda mágoa e deixar de lado a vontade de pagar com a mesma moeda, ou seja, de pagar o mal com o mal, pois, não foi isto que Cristo nos ensinou com sua vida e morte de cruz.
Vou te contar o testemunho de uma missionaria que poderá te ajudar a se libertar do sentimento de vingança;
Um dia, no pitoresco cenário da baía de Nagasaki, no Japão, ocorreu um evento que ressoaria com grande significado. Um majestoso navio de guerra japonês deslizou suavemente para a ancoragem, trazendo consigo uma tripulação ávida por explorar as terras próximas. A tarefa de receber cordialmente os marinheiros e a oficialidade a bordo recaiu sobre os ombros dos devotos cristãos locais, representando a Igreja com gratidão e respeito.
Com um semblante carregado de emoção, o capitão do navio assumiu o centro das atenções. Ele não escondeu sua alegria ao dirigir a palavra aos presentes, revelando um capítulo intrigante de sua vida. Esse capítulo, ele disse, começou em um dos parques de Nagasaki, anos atrás.
Naquela época, o capitão tinha agido impulsivamente, atirando pedras na direção de uma missionária que, corajosamente, proclamava o evangelho no parque. Seu ato impensado havia ferido gravemente a mulher e, tomado por remorso, ele fugiu para se esconder por três longos e angustiantes anos.
No entanto, durante esse período de clandestinidade, eventos extraordinários se desdobraram. Notícias chegaram até ele, notícias que o comoveram profundamente. A missionária, conhecida como Umhoff, recusava-se a desejar sua prisão. Em vez disso, ela dedicou seu tempo à oração, buscando perdão e, surpreendentemente, sua amizade.
Essas palavras tiveram um impacto profundo na alma do jovem capitão. Ele decidiu que precisava conhecer melhor o Deus que inspirava tamanha compaixão e generosidade. Assim, ele iniciou uma jornada espiritual que o levaria a se tornar um cristão fervoroso.
Hoje, diante da mesma cidade onde cometera o ato impulsivo que mudara sua vida, o capitão compartilhava sua história comovente. Ele agora compreendia plenamente o significado de ser um cristão e experimentava alegria em testemunhar sobre sua transformação espiritual. Sua trajetória serve como um lembrete poderoso de como a fé e o perdão podem mudar vidas e unir corações.
Reflita hoje mesmo se você quer nutrir esse sentimento de ódio ou perdoar e deixar Deus fazer a parte dele como justo Juiz.