Pastor Júlio Falcão – O valor de uma ovelha perdida

Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e vai após a perdida até que venha a achá-la?
E achando-a, a põe sobre os seus ombros, jubiloso;
E, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.
Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento. Lucas 15:4-7

Eu fico estupefato quando alguém diz; “olha, você é cristão e não pode andar com tal pessoa porque ela é pecadora”.

Pessoas assim são hipócritas, falsos moralistas e nunca entenderam o que Jesus disse em Marcos 2:17;

… Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento. Marcos 2:17

Várias passagens bíblicas mostram Jesus indo ao encontro de pecadores e até dormindo em suas casas.

Deus nos ama de tal forma que permitiu a morte de cruz do seu único, mesmo sendo nós os piores pecadores.

Todos a sua volta podem desistir de você mas, Deus nunca desiste porque ele te ama, é um amor extraordinário que é infinitamente maior que o amor de mãe.

Aliás, deixa eu ilustrar melhor esse comparativo do amor de mãe com o amor de Deus, vou lhes contar uma fabula;

Havia um povo que morava ao pé da montanha. Suas vidas transcorriam em paz, enquanto eles se esmeravam no cuidado da terra, cultivando flores e árvores frutíferas.

Formavam uma grande família, onde uns auxiliavam os outros, no cuidado com as crianças, a disciplina aos jovens, a educação da madureza.

No alto da montanha, uma outra comunidade se desenvolvia.

Eram pessoas não tão gentis, nem tão disciplinadas.

Um povo desconhecia o outro porque as vias de acesso eram íngremes, tomadas por densa mata.

Um belo dia, o povo da montanha resolveu descer ao vale na busca de riquezas. Surpreendeu-se ao descobrir pessoas trabalhadoras, de bom trato e tão solidárias.

Encantou-se com seus pomares e jardins e, por observar como eles enfrentavam tudo com disposição, auxiliando-se mutuamente, decidiram levar uma semente daquela preciosidade para a sua vila.

Assim, escolheram uma criança. Um bebê lindo de olhos brilhantes, através dos quais parecia traduzir a sua inteligência aguçada. E, quando empreenderam sua viagem de retorno, o raptaram, desaparecendo entre a vegetação abundante, montanha acima.

A pobre mãe, ao descobrir o berço vazio, caiu em quase desespero. O conselho da comunidade se reuniu. Os homens optaram por se unirem e resgatar o pequenino.

Juntaram provisões, cobertores, roupas quentes, pois imaginavam que à medida que subissem, teriam que enfrentar os ventos gélidos, que soprariam violentos.

Partiram. Os dias passaram lentos e angustiantes para toda a pequena cidade. Os olhos a cada instante se voltavam para cima, no intuito de ver se a expedição retornaria vitoriosa.

Finalmente, os homens regressaram… Mas de mãos vazias. Embora seus esforços, as várias tentativas, eles haviam se perdido entre as trilhas da montanha e não tinham conseguido encontrar o caminho que os conduziria ao povo de cima.

Estavam arrasados, sentindo-se fracassados e até envergonhados em ter que confessar sua incapacidade em vencer a montanha e trazer de volta o pequenino habitante raptado.

Foi então que um leve choro de bebê lhes chamou a atenção. Voltaram-se todos na direção do som e viram a pobre mãe que tivera seu bebê raptado vir ao encontro deles.

Nos braços, ela trazia um fardo precioso. Era o seu bebê. Ela estava com as roupas rasgadas pelos espinheiros, a pele queimada pelo frio, mas o bebê estava todo enrodilhado em uma manta, protegido. São e salvo.

“Como você conseguiu?” Foi a pergunta de todos. Como, se nós, homens vigorosos e treinados em andanças, não conseguimos encontrar a trilha certa e vencer a montanha?

Como você uma mulher, sozinha, conseguiu ir até o topo e resgatar o bebê?”

E a mãe, aconchegando ainda mais ao peito o fardo pequenino, sorriu e respondeu:

“Muito simples. Eu consegui porque era o meu bebê que estava lá em cima.”

Semelhante a essa mãe que não desistiu do filho quando todos já tinha desistido, Deus nunca desistirá de você.

Não importa o quão envolvida com o erro a pessoa esteja, o que importa é que levemos até ela esse amor de Cristo Jesus e se for preciso caminhar com ela por um tempo para que veja a luz, façamos isso como Jesus um dia fez com a mulher no poço de Jacó, com a adultera que ia ser apedreja, com Zaqueu, comigo e com você.

Deus ama cada uma de suas ovelhas, não cabe a nós julga-las e sim, resgata-las com o mesmo amor que Cristo nos resgatou.

Que a paz a graça e a misericórdia de Cristo Jesus estejam com você e com todos de sua família!

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