O evangelho de aparência

Mateus 8:2-3 NVT

Um leproso aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se diante dele e disse: “Senhor, se quiser, pode me curar e me deixar limpo”. Jesus estendeu a mão e tocou nele. “Eu quero”, respondeu. “Seja curado e fique limpo!” No mesmo instante, o homem foi curado da lepra.

A lepra, hoje cientificamente conhecida com hanseníase, era uma sentença de total isolamento, rejeição e até mesmo morte para quem a contraía.

Ninguém chegava perto de um leproso e muito menos tocava em um deles, e vemos Jesus fazendo exatamente o oposto do que a sociedade fazia naquela época.

Muitos, se quer se aproximavam de um familiar ou amigo leproso não somente pelo medo do contagio, mas, também pelo mal cheiro que aquelas feridas exalavam.

Jesus não olhava para as feridas ou muito menos se importava com o odor que elas exalavam, Jesus olhava para dentro dos corações daquelas pessoas e enxergava cada uma daquelas almas.

Infelizmente vivemos ainda hoje em uma sociedade medíocre que vive de aparência e toma suas decisões meramente pela aparência da outra pessoa, e muitas igrejas também não fogem a regra, valorizam mais o irmão da roupa de marca e do carrão do ano do que o irmão que chega numa bicicleta e com roupas surradas.

Não é este o evangelho que Jesus pregou!

Vou jogar mais luz no tema contando-lhes a história de um pastor e a lição que quis dar em sua igreja;

Foi num domingo à noite, no horário do culto, que um velho mendigo postou-se à porta da igreja, maltrapilho, fedido.

As pessoas iam se desviavam dele. Não lhe davam nada nem o convidavam para entrar.

Por fim, um dos porteiros o assentou na última fileira. E lá ele ficou sozinho, pois ninguém mais quis sentar-se naquele banco da igreja.

Os porteiros torciam que o pastor chegasse logo, pois não sabiam exatamente o que deviam fazer com o “Véio do Saco” (apelido que os adolescentes logo lhe deram e, do qual, os adultos riram contidamente), mas, justamente naquela noite o pastor se atrasou.

Após o período dos cânticos, um dos oficiais da igreja tomou a palavra:

– Irmãos, é chegada a hora da pregação e o nosso pastor ainda não chegou. Vamos orar, cantar mais um hino e, depois, pedir a qualquer um dos irmãos que nos traga a Palavra.

E assim se fez, porém, para surpresa e indignação geral, convidaram o “Véio do Saco”.

Mas, as surpresas não pararam por aí. Ao tomar lugar no púlpito, o mendigo, pegou uma toalha molhada no saco plástico que trazia às costas, saudou a igreja corretamente, começou a tirar a roupa suja (que até então estava escondendo um belo terno) e a limpar a “sujeira” do rosto com a toalha molhada.

E ali mesmo, diante daqueles olhos atônitos, o mendigo foi, aos poucos, se transformando, pois, na verdade, o “Véio do Saco” era o próprio pastor da igreja (que na sua mocidade tinha sido um excelente ator de teatro amador e resolvera usar sua arte para repreender a igreja).

– A Bíblia nos ensina a amar o próximo. A estender a mão para o aflito e o necessitado. Há meses eu venho ensinando isso para vocês, mas, até hoje, não percebi nenhuma mudança em suas atitudes. Que mérito há em cumprimentar somente os amigos? Que valor há em abraçar somente os irmãos? Todos vocês passaram por mim e nem sequer deram-me um mísero “Boa-noite”. Por que? Por causa das minhas roupas? Do cheiro?

– Não é este “evangelho” que eu os tenho ensinado. O Evangelho que eu anuncio é poderoso para transformar qualquer pessoa. Eu creio que qualquer mendigo de rua, pelo poder de Deus, em Cristo Jesus, pode ser transformado no futuro pastor desta igreja.

Lembre-se, a bíblia está repleta de passagens mostrando que aparência não engana a Deus, e que aqueles que fazem acepção de pessoas estão em pecado com diz Tiago 2: 9;

Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, e sois redarguidos pela lei como transgressores.

Sejamos como Jesus, que recebe todos com amor e sem distinção!

As fases da vida e suas oportunidades

Restaura, Senhor, a nossa sorte, como as torrentes no Neguebe.

Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão.

Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, 

Trazendo os seus feixes. Salmos 126: 4-6.

A vida é feita de fases, existe a fase da imaginação onde construímos castelos, viajamos para outros planetas, nos tornamos super-heróis e somos imbatíveis, está é a fase da construção das matizes de nossa memória em que o nosso intelecto está em constante desenvolvimento e aprendizado, a fase infantil.

Depois vem a adolescência, fase em que muitos acham que podem mudar o mundo e que as vezes até se rebelam. A fase adulta em que vemos que a vida não é feita de rosas e super-heróis das histórias de quadrinhos, e que nós é que temos que correr atrás de nossos direitos e até mesmo dos direitos dos próximos.

E por fim, vem a fase da velhice, a chamada terceira idade, é nela que estamos ápice de conhecimentos adquiridos, mas, que infelizmente o corpo já não responde mais como nas fases anteriores, é nessa fase que iremos saber se nossos filhos cuidarão de nós como cuidamos deles com tanto amor e zelo todos os anos de suas vidas.

Essas são as fases da vida do ser humano, do ciclo natural da vida, porém, existem em meio a estas fases as reviravoltas da vida, uns construí e outros perdem o que construíram, uns buscam o conhecimento e outros abandonam todo conhecimento adquirido por causa de vícios e por ai vai.

São algumas fases de nossas vidas que achamos que é o fim e que nosso destino é ficar estagnados ali, mas, o mesmo Deus que nos criou é capaz de mudar toda nossa história e a única coisa que ele exige de nós é que aproveitemos a oportunidade.

Vou ilustrar melhor sobre oportunidade com a história do cavalo Mumu;

Em 1990 havia um cavalo pangaré chamado Mumu dos Anjos era usado por um catador de papelão para puxar a carroça. Mumu subia e descia o morro de uma Favela no Rio de Janeiro carregando um pesado e ingrato fardo de coisas velhas e papelão usado; se alimentava de mato, pedaços de velhas espigas de milhos, e todo tipo de sobras que lhe davam. Esta era a vida de Mumu e parecia também ser o seu destino, até que seu dono decidiu vendê-lo.

Por coincidência, naquela na região havia um homem buscando um cavalo para dar à sua filha adolescente que estava aprendendo a cavalgar, e por esta razão estava buscando um pangaré. Este mesmo homem tinha também um cavalo de raça que estaria participando de um torneio na Hípica do Rio de Janeiro.

No dia anterior à competição, o cavalo de raça se machucou e ficou impedido de participar do torneio, e a única maneira de manter o nome da equipe inscrita no torneio seria colocar outro cavalo no lugar do cavalo machucado. Sem opção e sem querer prejudicar ainda mais o nome da equipe, decidiram que entrariam com o pangaré Mumu.

Mesmo desengonçado, sem treinamento, sem pedigree e sem história, Mumu decidiu correr muito e ganhou a corrida!

Anos depois Mumu era transportado de avião para os vários países que competia, seu preço estava por volta de meio milhão de dólares, e sua alimentação era à base de ração importada.

Lembre-se, talvez hoje você esteja na fase ruim, de lagrimas e de dores, mas, se persistir e ficar atento as oportunidades de Deus, brevemente terá jubilo e começara a sua colheita da boa fase da vida.

A vida é feita de fases e oportunidades

A alegria da minha alma

Inclina, SENHOR, os teus ouvidos, e ouve-me, porque estou necessitado e aflito.
Guarda a minha alma, pois sou santo: ó Deus meu, salva o teu servo, que em ti confia.
Tem misericórdia de mim, ó Senhor, pois a ti clamo todo o dia.
Alegra a alma do teu servo, pois a ti, Senhor, levanto a minha alma.
Pois tu, Senhor, és bom, e pronto a perdoar, e abundante em benignidade para todos os que te invocam.

Salmos 86:1-5

Parece-me que o salmista não estava vivendo em uma das suas melhores fases, note que ele clama para que Deus incline seus ouvidos á sua necessidade e aflição.

A aflição é um sentimento de agonia, sofrimento intenso, preocupação ou falta de sossego por alguma causa ou coisa em que vá afetar a vida direta, ou indiretamente. Aflição é ainda a sensação de que algo “não está certo”, ou de que alguma coisa errada ou traumática possa acontecer. Davi estava aflito e tomou uma decisão, buscar no Senhor socorro para sua alma.

Todos nós passamos por momentos que nos afligem nas mais diversas áreas de nossas vidas, isso é inevitável, pois, o próprio Jesus disse que nesse mundo passaríamos por essas fases em João 16: 33; 

Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo. João 16:33

Ao nos dizer que no mundo teríamos aflições Jesus de imediato já nos dá uma dica neste versículo de onde extrairíamos a paz necessária para nossa alma,  nele próprio, como assim foi dito;  …para que em mim tenhais paz.

Davi não pediu para Deus guardar suas riquezas, saúde física ou nem mesmo seu lar, e sim sua alma;

Guarda a minha alma, pois sou santo: ó Deus meu, salva o teu servo, que em ti confia.

Talvez Davi estivesse aflito por causa de algum pecado e eu confesso que não sei o que lhe causava tanta aflição, ele sabia que Deus é infinitamente misericordioso e bondoso para perdoar e assim disse a Deus;

Pois tu, Senhor, és bom, e pronto a perdoar, e abundante em benignidade para todos os que te invocam.

Eu não sei se hoje você está aflito (a) e nem sei o que tem causado esta aflição, mas, Deus através deste salmo está te mostrando hoje que ele pode mudar este sentimento, perdoar se for o caso e até tirar da sua vida a preocução por algo que ainda nem aconteceu e quem sabe nem acontecerá, mas, que tem tirado sua paz e te enchido de aflição.

Deus é bom, pronto para perdoar e cheio de misericórdia.

Davi se preocupou com o mais  importante, a alma, pois nela além dos nossos sentimentos está também a nossa salvação.

Que o Senhor incline os ouvidos para a sua oração e te dê a paz!