O Silêncio de Deus

11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.12 Porque, agora, vemos por espelho em enigma; mas, então, veremos face a face; agora, conheço em parte, mas, então, conhecerei como também sou conhecido. I Coríntios 13.11-12

Quando Paulo uso o “menino” nestes versículos, não é que ele estava se recordando de sua infância, e sim, falando do início de sua vida espiritual, antes sua visão era como a visão de uma criança, talvez até as suas orações eram como que de uma criança que pede algo fantasioso ou que não se encaixa nos projetos de Deus para elas futuramente.

Muitos em suas orações tem feito os pedidos mais estranhos aos olhos de Deus, tem gente que tem coragem de pedir a morte de outras pessoas, pedir que algo ruim acontece na vida de quem está prosperando, outros pedem que Deus mude algo em seu corpo como a cor da pele, o padrão dos seus cabelos e até a cor dos olhos, e foi isso que uma garotinha pediu na história que hoje vou usar de ilustração;

Emy era uma linda menina de 5 aninhos de idade. Sua família era cristã e eles iam todos os domingos à igreja e realizavam o culto doméstico. Ela era muito feliz, exceto por um desejo secreto: Emy queria ter olhos azuis claros, como sua mãe, seu pai e todos os seus irmãos.

Um dia, na Escola Bíblica, ela aprendeu: “DEUS RESPONDE A TODAS AS ORAÇÕES!” Emy não via a hora de ir dormir, para antes se ajoelhar em sua cama e pedir a Deus olhos azuis.

Ela teve fé. A fé pura e sincera de uma criança e, ao acordar, no dia seguinte, correu para o espelho e olhou em seus próprios olhos, que continuavam castanhos. Ficou muito decepcionada com Deus. Mas, superou isso. E cresceu.

Anos depois, Emy enviada como missionária para “comprar crianças para Deus” (naquele fim de mundo, as crianças eram vendidas por suas famílias – que passavam fome – para serem sacrificadas num templo, e Emy as “comprava” para libertá-las desse fim trágico).

Para poder entrar naqueles “templos” sem ser reconhecida (pois estrangeiros não eram bem vindos), ela precisou se disfarçar: passou pó de café na pele, cobriu os cabelos, vestiu-se como as mulheres do local e entrava livremente nos locais de venda de crianças, sem despertar suspeitas.

Um dia, uma amiga missionária olhou para ela disfarçada e disse:

– Puxa, Emy! Como você ficou bem caracterizada. Quase não te reconheci. Você já pensou como você faria para se disfarçar se tivesse olhos azuis como os de todos da sua família? Que Deus maravilhoso! Ele lhe deu olhos castanhos, pois sabia que isso seria essencial para a missão que um dia Ele iria lhe confiar.

Emy olhou para as duas crianças que havia “comprado” naquele dia e, em seu íntimo, agradeceu a Deus por não haver atendido sua oração infantil.

Você já parou para pensar que o não de Deus pode ser uma resposta?

E que essa resposta pode estar envolvendo seu futuro ou quem sabem os dos seus filhos?

Lembre-se, nem sempre o silencio de Deus quer dizer que ele não respondeu suas orações, aprenda a compreende-lo!

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